domingo, 2 de agosto de 2015

Queijadas de Vila Franca do Campo (São Miguel - Açores)

Hoje esta receita é dedicada ao passatempo da querida Elisabete do blogue Cozinha sem Segredos, que me convidou a participar, e sendo o objectivo deste desafio a cozinha tradicional açoriana, eu não resisti, até porque estou ansiosa por provar in loco estas delicias!

Recentemente uma prima minha esteve nos Açores e disse-me que tinha adorado estas queijadas, depois da opinião dela, achei que tinha o mote para a minha receita. Depois de alguma pesquisa, encontrei esta receita e pareceu-me que seria a mais parecida com a original.

As queijadas ficaram muito boas, a massa é ótima, eu só acrescentei um polvilho de canela, e adorei!!











Ingredientes Para a Massa

  • 250 g de farinha
  • 1 ovo inteiro
  • meia colher de sopa de banha
  • 1 colher de sopa rasa de manteiga
  • 1 colher de sobremesa de açúcar
  • ½ colher de café de sal
Ingredientes Para o Recheio:

  • 2 litros de leite cru
  • Coalho ( compra-se nas farmácias e vende-se liquido ou em pó)
  • 6 gemas
  • 1 clara
  • 250 g de açúcar
  • 1 colher de chá de manteiga
  • 1 colher de sopa rasa de farinha
  • açúcar em pó (açúcar inglês ou de confeiteiro)

Preparação:

De véspera prepara-se o recheio: amorna-se ligeiramente o leite e junta-se-lhe o coalho nas proporções indicadas na embalagem, eu foz exatamente conforme as instruções, o coalho que comprei era liquido e para os 2 litros de leite foi necessário mais do dobro do que vinha indicado na embalagem, foi sem dúvida a parte mais difícil desta receita, conseguir coalhar o leite J . Abafa-se o recipiente e, sem se mexer, deixa-se coalhar. Retira-se o coalho para dentro de um pano e espreme-se para sair o soro (que eu guardei, porque é ótimo para fazer pão) de modo a obter-se uma massa bem seca. Amassa-se este coalho para ficar muito fino.

Junta-se as gemas, a clara, o açúcar, a manteiga e a farinha; depois de bem misturado leva-se este preparado a cozer em lume brando só até levantar fervura. Retira-se do calor e depois de arrefecer um pouco passa-se por uma peneira ou passador fino. Conserva-se no frigorífico. De um dia para o outro.

No dia seguinte prepara-se a massa: amassam-se os ingredientes indicados com um pouco de água morna de modo a obter-se uma massa que se possa estender. Embrulha-se num guardanapo e deixa-se descansar.

Com o rolo e um polvilho de farinha estende-se a massa muito fina.

Com um copo ou um corta-massas corta-se a massa em circunferências com 12 cm de diâmetro. À medida que se cortam estas circunferências vão-se deixando ao ar sobre a mesa. Em seguida, no centro de cada circunferência coloca-se um montinho do recheio preparado. Ajeita-se este recheio e com um palito de madeira puxa-se a massa para cima, encostando-a ao recheio e fazendo como que uma caixa canelada.

À volta de cada queijada coloca-se uma tira de papel vegetal com cerca de 2 cm de altura e que amparará a massa; o papel prende-se com um alfinete.

Eu utilizei uma forma para tartes e forrei com papel vegetal cada unidade.

Levam-se as queijadas a cozer em forno médio e, depois de cozidas, polvilha-se a superfície abundantemente com açúcar em pó (inglês).

Esta é a maneira como ainda hoje se fazem as queijadas, célebres em toda a região açoriana.